segunda-feira, 28 de maio de 2012

Sobre-Nós

  • Este blog foi criado para levar informações aos apreciadores da Arte, sendo ela como um poema, histórias, vídeos engraçados, contos.Todo trabalho é feito por alunos do ensino médio da escola São Luis, situada em Porto Velho-Ro. Temos o interesse não só de conhecer a história da arte, mas também levá-la até você. Desde já agradecemos por sua visita, volte sempre!!!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Poemas

William Shakespeare

            


E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode curar dores emocionais, Descobre que se leva anos para construir uma confiança, e apenas segundos para destruí-la.Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa... por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!

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"Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:

Acho que você está errado, mas estou do seu lado...
Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor! E estou Aqui!"

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"De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor

Se quando encontra obstáculos se altera,




Ou se vacila ao mínimo temor.




Amor é um marco eterno, dominante,

Que encara a tempestade com bravura;



É astro que norteia a vela errante,




Cujo valor se ignora, lá na altura.




Amor não teme o tempo, muito embora

Seu alfange não poupe a mocidade;



Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma para a eternidade.



Se isso é falso, e que é falso alguém provou,




Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou".



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Não tem olhos solares, meu amor;

Mais rubro que seus lábios é o coral;

Se neve é branca, é escura a sua cor; 
E a cabeleira ao arame é igual.



Vermelha e branca é a rosa adamascada

Mas tal rosa sua face não iguala;
E há fragrância bem mais delicada
Do que a do ar que minha amante exala.



Muito gosto de ouvi-la, mesmo quando

Na música há melhor diapasão;
Nunca vi uma deusa deslizando,



Mas minha amada caminha no chão.

Mas juro que esse amor me é mais caro
Que qualquer outra à qual eu a comparo.


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O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medoMuito longo para os que lamentamMuito curto para os que festejamMas, para os que amam, o tempo é eterno.


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Consiste a monstruosidade do amor...
Em ser infinita a vontade, e limitadosos desejos, e ato escravo do limite...

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Duvida da luz dos astros,De que o sol tenha calor,Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.


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"Amor quando é amor não definha
E até o final das eras há de aumentar.
Mas se o que eu digo for erro
E o meu engano for provado
Então eu nunca terei escrito 
Ou nunca ninguém terá amado."

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Há quem diga que todas as noites são de sonhos. 

Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância. 
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.



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Quando penso em você me sinto flutuar,

me sinto alcançar as nuvens,

tocar as estrelas, morar no céu...



Tento apenas superar

a imensa saudade que me arrasa o coração,
mas, que vem junto com as doces lembranças do teu ser. 



Lembrando dos momentos

em que juntos nosso amor se conjugava
em uma só pessoa, nós ...




É através desse tal sentimento, a saudade,

que sobrevivo quando estou longe de você.
Ela é o alimento do amor que encontra-se distante...




A delicadeza de tuas palavras

contrasta com a imensidão do teu sentimento.
Meu ciúme se abranda com tuas juras
e promessas de amor eterno.




A longa distância apenas serve para unir o nosso amor.

A saudade serve para me dar
a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos...




E nesse momento de saudade,

quando penso em você,
quando tudo está machucando o meu coração
e acho que não tenho mais forças para continuar;
eis que surge tua doce presença,
com o esplendor de um anjo;
e me envolvendo como uma suave brisa aconchegante...

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Vídeos' dos Alunos

Alunos do ensino médio da E.E.E.F.M SÃO LUIZ
Porto Velho-RO

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Os cobradores

Adaptação da obra de Rubem Fonseca "O Cobrador"
nesse caso "Os Cobradores" conta a historia de uma assassina em serie que decide cobrar a sociedade de uma forma um tanto quanto violenta...
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A escrava Isaura


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Bandidos


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Crise Ambiental ou Civilizatória? - Semana da Cidadania


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Pai contra Mãe ' Conto



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A vida me ensinou a nunca desistir,
nem ganhar, nem perder + procurar evoluir.
Charlie Brown Jr
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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Rococó

O divertimento de jovens burgueses no jardim: um traço característico do estilo rococó.

O estilo rococó aparece na Europa do século XVIII e, tendo a França como seu principal precursor, se espalha em vários países do Velho Mundo e alcança algumas regiões das Américas, como o Brasil. Para muitos historiadores da arte, o rococó pode ser visto como um desdobramento do barroco em que vários artistas passam a valorizar o uso de linhas em formato de concha e a função decorativa que a arte poderia exercer.

A expressão “rococó” tem origem na palavra francesa rocaille, que designava comumente uma maneira de se decorar os jardins através do uso de rochas e conchas. Chegando ao século XIX, o estilo rococó passa a ser utilizado também para definir outras manifestações desenvolvidas nos campos da arquitetura e das artes ornamentais. No ano de 1943, graças à pesquisa de Fiske Kimball, esse movimento deixa de ser visto como uma variante do barroco para assumir características próprias.

Em geral, a substituição das cores vibrantes do barroco por tons rosa, verde-claro, estabelecem uma primeira diferenciação entre os dois estilos. Além disso, a originalidade do rococó é conferida no abandono das linhas retorcidas e pela utilização de linhas e formas mais leves e delicadas. Do ponto de vista histórico, essa transformação indicava o interesse burguês em alcançar o prazer e a graciosidade nas várias obras que eram encomendadas à classe artística da época.

A primeira fase do rococó, compreendida entre 1690 e 1730, procura se afastar dos preceitos estéticos predominantes no reinado do rei Luís XIV para introduzir o uso de linhas soltas e curvas flexíveis. Nessa época podemos destacar os relevos e gravuras do artista Jean Beráin, os quadros de Jean-Antoine Watteau (1684 - 1721) e os projetos decorativos de Pierre Lepautre (1660 - 1744).

De 1730 a 1770, o rococó amadurece com o surgimento de outros artistas que remodelam as casas da nobreza e da alta burguesia francesa. Nessa fase podemos destacar os trabalhos de Jacques de Lajoue II (1687 - 1761), Juste Aurèle Meissonnier (1695 - 1750) e Nicolas Pineau (1684 - 1754). Esse último artista se destaca pelo projeto de decoração do Hôtel Soubise, marcado por quadros, linhas, guirlandas, curvas e espelhos que tomam o olhar do observador em meio a tantos detalhes.

A relação do rococó com a burguesia também pode ser vista em boa parte dos quadros que definem esse tipo de arte. Ao contrário da forte religiosidade barroca, a pintura desse estilo valoriza a representação de ambientes luxuosos, parques, jardins e temáticas de cunho mundano. As personagens populares perdem espaço para a representação dos membros da aristocracia. A jovialidade e a edificação do prazer, o tédio e a melancolia são os estados emocionais que geralmente contextualizam os quadros do rococó.

A disseminação do rococó pela Europa foi responsável por variações que fugiram da tendência aristocrática que predominou neste estilo. Ao alcançar países como Portugal e Espanha, o rococó penetra a esfera religiosa. No que diz respeito à arquitetura, esse estilo não teve tanta predominância na França, mas vivenciou manifestações mais intensas na Baviera e em Portugal. No Brasil, o rococó teve sua presença no mobiliário do século XVIII e foi corriqueiramente chamado de “estilo Dom João V”.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

Artistas do Renascimento

Os princípios racionais e matemáticos prevaleceram nas pinturas renascentistas.


Europa no século XI passou pelo chamado renascimento comercial e urbano, fato que levou a grandes transformações sociais e urbanas. A partir do século XII, as cidades italianas, principalmente, iniciaram um lento e prolongado processo de transformações culturais.

No século XIII ocorreu uma alteração na intuição e sensibilidade artística, fruto de uma revalorização cultural da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma). Nesse período, valorizou-se o racionalismo (capacidade de reflexão do ser humano), oespírito crítico e o naturalismo (valorização da natureza). O renascimento cultural e artístico, ocorrido no século XVI, aconteceu primeiramente nas cidades italianas; posteriormente, o movimento alcançou várias partes do continente europeu.

O Renascimento modificou as formas de produção das artes. Na Idade Média valorizavam-se obras religiosas, geralmente abordadas em um plano (reto). Nas artes (pinturas e esculturas), os artistas do Renascimento basearam-se na observação do mundo e nos princípios matemáticos e racionais como:harmonia, equilíbrio e perspectiva (fundo). Os principais artistas renascentistas italianos foram Leonardo da Vinci (1452-1519), Michelangelo Buonarroti (1475-1564) e Rafael Sanzio (1483-1520).
Leonardo da Vinci não foi somente representante das artes plásticas (pintor e escultor), mas também estudou música, arquitetura, engenharia, foi inventor e filósofo. Suas obras de arte baseavam-se nas pinturas científicas a partir de minuciosas observações da natureza – essa abordagem científica está presente nas seguintes obras: “Última Ceia” (Santa Ceia) e “A Gioconda” (ou Monalisa).

Considerado o maior escultor renascentista italiano, Michelangelo praticou também a pintura e a arquitetura. Suas pinturas divergiram da grande maioria dos pintores renascentistas (temas da natureza), pois se pautou em temas religiosos, tanto que sua maior obra de arte foi a pintura na abóboda (forma arqueada de arquitetura) da Capela Sistina. Nela, o artista retratou a história bíblica do Gênesis e o Juízo Final. 

Outro artista renascentista que ficou bastante conhecido na história foi Rafael Sanzio. Suas obras se destacaram pela pintura de diversas madonas (pinturas que representaram a mãe de Jesus) e quase todas as suas obras decoram atualmente salas do Vaticano (estado pontifício católico).

Na arquitetura, destacou-se Fillipo Brunelleschi (1377-1446). Suas principais obras foram o projeto da cúpula da Catedral de Santa Maria del Friore e o Palácio de Pitti, ambos em Florença.

Outro grande arquiteto renascentista foi o italiano Donato Bramante (1444-1514). Sua principal realização arquitetônica foi o plano para a reconstrução da Catedral de São Pedro no Vaticano. Nesse projeto, Bramante concebeu um edifício de planta no formato de uma cruz grega com uma grande cúpula sobre o cruzeiro. Com a morte do arquiteto, as obras tiveram uma modificação do plano inicial. 



Por Leandro Carvalho
Mestre em História

Arte cristã primitiva – A fase catacumbária

Cristo na figura do “O Bom Pastor”: imagem comum em várias catacumbas cristãs.

Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do ideário cristão recaiu sobre os ombros dos discípulos do Primeiro Século. Em sua fase inicial, essa ação evangelizadora se restringiu ao perímetro da região da Judeia, local onde o próprio Jesus teria realizado a grande maioria de suas pregações. Contudo, com o passar do tempo, a ação dos discípulos se mostrou eficaz e determinou a divulgação dos valores cristãos para outras partes do Império Romano.

Para os dirigentes romanos, a divulgação do cristianismo era uma séria ameaça aos valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao panteão de divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao imperador de Roma. Ao mesmo tempo, o conceito de liberdade fazia com que vários escravos não se submetessem à imposição governamental que legitimava a posição subalterna dos mesmos.

Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos das mais variadas formas. Eram torturados publicamente, lançados ao furor de animais violentos, empalados, crucificados e, até mesmo, queimados em vida. Para redimir e orar pelos seus mártires, os cristãos passaram a enterrá-los nas chamadas catacumbas. Estas funcionavam como túmulos subterrâneos onde os cristãos poderiam entoar canções e pintar imagens que manifestavam sua confissão religiosa.

Esses cantos funcionavam como orações pronunciadas em ritmo prosódico e sem nenhum tipo de instrumento musical acompanhante. Segundo alguns pesquisadores, esse tipo de canto, mais comumente conhecido como “salmodia” (em referência ao livro dos Salmos) fora trazida por São Pedro, ainda nos primeiros anos da Era Cristã. Posteriormente, a música cristã seria conhecida como cantochão ou cantus planus, tendo como marca principal sua leve variação melódica.

A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. O mais recorrente símbolo era o crucifixo, que rememorava a disposição que Jesus teve de morrer pela salvação dos homens. A âncora significava o ideal de salvação. O peixe era bastante comum, pois a variação grega do termo (“ichtys”) era a mesma das iniciais da frase “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.

O desenvolvimento desse tipo de expressão artística acabou permitindo a execução de cenas cada vez mais complexas. Algumas cenas do texto bíblico começaram a tomar conta da parede das catacumbas. Entretanto, a imagem mais representada era a do próprio Jesus Cristo. Na maioria das vezes, o exemplo maior do cristianismo era simbolizado como um pastor entre as ovelhas. Tal alegoria fazia menção à constante importância que a ação evangelizadora tinha entre os cristãos.

Essa fase inicial da arte primitiva não foi dominada por algum artista específico. A maioria das representações encontradas foi executada por anônimos que desejavam expressar suas crenças. A falta de um saber técnico anterior à concepção de tais obras marcou essa fase inicial da arte cristã com formas simples e bastante grosseiras.



Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

A Arte Romana

A arte romana teve sua maior expressão na arquitetura, através de edificações grandiosas. Os romanos preocupavam-se intensamente com aspectos voltados para a utilidade, a funcionalidade e a praticidade de suas obras artísticas.

Coliseu: marco da arquitetura romana



arte romana se destacou no período que foi do século VIII a.C. ao século IV d.C. A arte da Roma Antiga foi fortemente influenciada pela cultura e pelas crenças gregas. Um exemplo disso é a própria mitologia romana, muito parecida com a mitologia grega.
Foi através da arquitetura que a arte romana conseguiu maior expressão e significação histórica. Suas edificações eram grandiosas, fundamentadas em bases circulares e no emprego de colunas e arcos falsos para efeito de decoração. Os aquedutos, as entradas e as muralhas ainda hoje são vistos no continente europeu, demonstrando a imponência que traduziu, através dos tempos, a grandeza do que foi a civilização romana antiga.




Ponte sobre o rio Tibre, Itália

Os romanos preocuparam-se com o caráter funcional e prático de sua arquitetura. Houve, por isso, uma combinação harmônica entre a beleza e a utilidade nas mais variadas edificações romanas, como: teatros, basílicas, templos religiosos, palácios, estradas e pontes que interligaram as mais diversas regiões do império, facilitando o trânsito de pessoas e o tráfego de mercadorias para outras regiões.

Templo de Vesta, a deusa do fogo na mitologia romana

A escultura romana foi trabalhada através de retratos e estátuas, muitas vezes apresentando uma característica fúnebre. Os escultores romanos buscavam a reprodução mais fiel possível da realidade em suas obras e centravam-se nos aspectos psicológicos, ou seja, a obra evidenciava o caráter, a honra e a glória do retratado.

                                                                                                                                     Estátua de Augusto em Roma


Por Lilian Aguiar
Graduada em História

A Arte Persa







A arte persa foi a mais pura manifestação de poder do Império Persa. Representada através da construção de grandiosas estruturas arquitetônicas (palácios e túmulos), contando com luxuosas decorações construídas para a exaltação dos grandes monarcas e dos grandes chefes persas.A arte persa recebeu grande contribuição dos estilos mesopotâmicos e egípcios. A arquitetura persa teve, contudo, caráter bastante original na harmoniosa combinação dos elementos estrangeiros, no luxo da decoração e na grandiosidade das estruturas, porém não podemos considerar a arquitetura persa como uma arte popular. A arquitetura persa foi, sobretudo, uma criação dos reis para a sua própria exaltação. Um exemplo de tamanha glorificação é a cidade de Persépolis, hoje Irã, construída em 520 a.C., que foi uma das grandes capitais do Império Persa.A existência de cidades como Pasárgada e Susa demonstraram claramente – através dos seus imensos palácios e de seus salões magníficos sustentados por colunas de estilo extremamente original, e pelos capitéis com motivos baseados em cabeças de cavalo, águia ou touro – a arte dos grandes soberanos persas. As grandes construções continham revestimento de ladrilhos esmaltados em tonalidades vivas que geraram grande efeito ornamental. O bronze marchetadora usado nas portas. O ouro e a prata foram também cuidadosamente trabalhados.Dadas as concepções religiosas do zoroastrismo (religião monoteísta fundada pelo profeta Zaratustra) não houve uma arquitetura religiosa na Pérsia, porém, em diversas partes do atual Irã, ainda são encontradas mesas de pedra chamadas de lugares de fogo que foram antigos altares do culto zoroástrico. Mais tarde, a arte persa sofreu forte influência grega, sobretudo após a conquista de Alexandre Magno, quando o rígido esquematismo das representações do corpo humano foi substituído pela liberdade plástica helênica.

A Arte na Pré-História





Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo é resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem.

Consideramos como arte pré-histórica todas as manifestações que se desenvolveram antes do surgimento das primeiras civilizações e, portanto, antes da escrita. No entanto, isso pressupõe uma grande variedade de produção, por povos diferentes, em locais diferentes, mas com algumas características comuns.

A primeira característica é o pragmatismo, ou seja, a arte produzida possuía uma utilidade material, cotidiana ou mágico-religiosa: ferramentas, armas ou figuras que envolvem situações específicas, como a caça. Cabe lembrar que as cenas de caça representadas em cavernas não descreviam uma situação vivida pelo grupo, mas possuía um caráter mágico, preparando o grupo para essa tarefa que lhes garantiria a sobrevivência.

As manifestações artísticas mais antigas foram encontradas na Europa, em especial na Espanha, sul da França e sul da Itália e datam de aproximadamente de 25 000 a.C., portanto no período paleolítico. Na França encontramos o maior número de obras pré-históricas e até hoje em bom estado de conservação, como as cavernas de Altamira, Lascaux e Castilho.

Arquitetura

Os grupos pré-históricos eram nômades e se deslocavam de acordo com a necessidade de obter alimentos. Durante o período neolítico essa situação sofreu mudanças, desenvolveram-se as primeiras formas de agricultura e consequentemente o grupo humano passou a se fixar por mais tempo em uma mesma região, mas ainda utilizavam-se de abrigos naturais ou fabricados
com fibras vegetais ao mesmo tempo em que passaram a construir monumentos de pedras colossais, que serviam de câmaras mortuárias ou de templos. Raras eram as construções que serviam de habitação. Essas pedras pesavam mais de três toneladas, fato que requeria o trabalho de muitos homens e o conhecimento da alavanca.

Esses monumentos de pedras foram denominados "megalíticos" e podem ser classificados de: dólmens, galerias cobertas que possibilitavam o acesso a uma tumba; menires, que são grandes pedras cravadas no chão de forma vertical; e os cromlech, que são menires e dólmens organizados em círculo, sendo o mais famoso o de Stonehenge, na Inglaterra. Também encontramos importantes monumentos megalíticos na Ilha de Malta e Carnac na França, todos eles com funções ritualisticas.

Escultura

A escultura foi responsável pela elaboração tanto de objetos religiosos quanto de utensílios domésticos, nos quais encontramos a temática predominante em toda a arte do período. Animais e figuras humanas, principalmente figuras femininas, conhecidas como Vênus, caracterizadas pelos grandes seios e ancas largas, são associadas ao culto da fertilidade;

Entre as mais famosas estão a Vênus de Lespugne, encontrada na França, e a Vênus de Willendorf, encontrada na Áustria. Elas foram criadas principalmente em pedras calcárias, utilizando-se ferramentas de pedra pontiaguda.

Durante o período neolítico europeu (5000a.C. - 3000d.C.) os grupos humanos já dominavam o fogo e passaram a produzir peças de cerâmica, normalmente vasos, decorados com motivos geométricos em sua superfície. Somente na idade do bronze a produção da cerâmica alcançou grande desenvolvimento, em virtude da sua utilização na armazenagem de água e alimentos.

Pintura 

As principais manifestações da pintura pré-histórica são encontradas no interior de cavernas, em paredes de pedra e a princípio retratavam cenas envolvendo principalmente animais, homens e mulheres e caçadas, existindo ainda a pintura de símbolos, com significado ainda desconhecido. Essa fase inicial é marcada pela utilização predominantemente do preto e do vermelho e é considerada naturalista.

No período neolítico, a pintura é utilizada como elemento decorativo e retratando as cenas do cotidiano. A qualidade das obras é superior, mostrando um maior grau de abstração e a utilização de outros instrumentos que não as mãos, como espátulas.

Por volta de 2000 a.C. as características da pintura apresentavam um nível próximo ao de formas escritas, preservando porém seu caráter mágico ou religioso, celebrando a fecundidade ou os objetos de adoração (totens).




A Arte Mesopotâmica





Entendemos por povos mesopotâmicos, as civilizações que se desenvolveram na área das terras férteis localizadas entre os rios Tigre e Eufrates, denominada comumente “Mesopotâmia”. Entre eles estão os sumérios, os assírios e os babilônicos. 

As principais manifestações da arquitetura mesopotâmica eram os palácios, em geral muito grandiosos; como havia pouca pedra, as paredes tinham que ser grossas, pois eram feitas de tijolos. Os templos possuíam instalações completas, com aposentos para os sacerdotes e outros compartimentos. Um traço característico dessa arquitetura era o “Zigurate”, torre de vários andares, em geral sete, sobre a qual havia uma capela, usada para observar o céu. 

Os escultores representavam o corpo humano de forma rígida, sem expressão de movimento e sem detalhes anatômicos. Pés, mãos e braços ficavam colados ao corpo, coberto com longos mantos; os olhos eram completados com esmalte brilhante. As estátuas conservavam sempre uma postura estática ante a grandiosidade dos deuses. As figuras esculpidas em baixo-relevo se caracterizavam por um grande realismo. 

Na pintura, os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas, batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses. A produção de objetos de cerâmica alcançou notável desenvolvimento entre os persas, que utilizavam também tijolos esmaltados.

A Arte Egípcia

                                       A arte egípcia esteve fortemente influenciada pelos preceitos religiosos de sua cultura.


No Antigo Egito, a ideia de que o desenvolvimento das artes constituía um campo autônomo de sua cultura não corresponde ao espaço ocupado por esse tipo de prática. Assim como em tantos outros aspectos de sua vida, os egípcios estabeleciam uma forte aproximação de suas manifestações artísticas para com a esfera religiosa. Dessa forma, são várias as ocasiões em que percebermos que a arte dessa civilização esteve envolta por alguma concepção espiritual.
A temática mortuária era de grande presença. A crença na vida após a morte motivava os egípcios a construírem tumbas, estatuetas, vasos e mastabas que representavam sua concepção do além-vida. As primeiras tumbas egípcias buscavam realizar uma reprodução fiel da residência de suas principais autoridades. Em contrapartida, as pessoas sem grande projeção eram enterradas em construções mais simples que, em certa medida, indicava o prestígio social do indivíduo.

O processo de centralização política e a divinização da figura do faraó tiveram grande importância para a construção das primeiras pirâmides. Essas construções, que estabelecem um importante marco na arquitetura egípcia, têm como as principais representantes as três pirâmides do deserto de Gizé, construídas pelos faraós Quóps, Quéfren e Miquerinos. Próxima a essas construções, também pode se destacar a existência da famosa esfinge do faraó Quéfren.

Tendo funções para fora do simples deleite estético, a arte dos povos egípcios era bastante padronizada e não valorizava o aprimoramento técnico ou o desenvolvimento de um estilo autoral. Geralmente, as pinturas e baixos-relevos apresentavam uma mesma representação do corpo, em que o indivíduo tinha seu tronco colocado de frente e os demais membros desenhados de perfil. No estudo da arte, essa concepção ficou conhecida como a lei da frontalidade.

Ao longo do Novo Império (1580 – 1085 a.C.), passados os vários momentos de instabilidade da civilização egípcia, observamos a elaboração de novas e belas construções. Nessa fase, destacamos a construção dos templos de Luxor e Carnac, ambos dedicados à adoração do deus Amon. No campo da arte funerária, também podemos salientar o Templo da rainha Hatshepsut e a tumba do jovem faraó Tutancâmon, localizado no Vale dos Reis.

A escultura egípcia, ao longo de seu desenvolvimento, encontrou características bastante peculiares. Apesar de apresentar grande rigidez na maioria de suas obras, percebemos que as estátuas egípcias conseguiam revelar riquíssimas informações de caráter étnico, social e profissional de seus representados. No governo de Amenófis IV temos uma fase bastante distinta em que a rigidez da escultura é substituída por impressões de movimento.

Passado o governo de Tutancâmon, a arte egípcia passou a ganhar forte e clara conotação política. As construções, esculturas e pinturas passaram a servir de espaço para o registro dos grandes feitos empreendidos pelos faraós. Ao fim do Império, a civilização egípcia foi alvo de sucessivas invasões estrangeiras. Com isso, a hibridação com a perspectiva estética de outros povos acabou desestabilizando a presença de uma arte típica desse povo.



Por Rainer Sousa
Mestre em História

A Arte e Michelangelo

MICHELANGELO, ARTE COMO UMA REPRESENTAÇÃO CULTURAL 

Complexa em sua totalidade, a arte manifesta-se na humanidade de várias formas, sendo conceituada de diversas maneiras. Presente ao longo da história, diverge conforme a época e tendência, não deixando de ser uma expressão pessoal do artista, uma manifestação social, o significado de uma cultura. Considerada instrumento de divulgação e esplendor, até hoje, ela é utilizada para expor ideais, influenciar a sociedade e, como meio de poder para quem a detêm. Entre os séculos XV e XVI, período de profunda transformação histórica, a valorização do homem defendida pelos humanistas se opõem aos credos da Igreja e reflete-se, de maneira nítida, como um espelho humano, os acontecimentos, nas representações artísticas. Michelangelo, um dos principais criadores Renascentistas, mostrou com clareza a fase e a fé da sociedade. 

A humanidade possui a necessidade de expressar seus sentimentos, idéias e sua época. A maneira mais utilizada e conhecida através dos tempos é as diferentes formas de arte, o que lhe agrega diferentes conceitos. Estabelecer uma definição absoluta é inadequado, uma vez que, classificar o belo abrange inúmeras opiniões. 

Sem dúvida, um dos apogeus da Arte ocorreu na Renascença com a visão sacra manifestada por Michelangelo. No inicio do século XV, os artistas passam a transmitir em suas obras uma nova concepção cultural, acompanhando o desenvolvimento econômico social e político das cidades, o contexto principal da transição da Idade Média para a Idade Moderna. Nesse crescimento, surgiu um grupo de intelectuais interessados em renovar os estudos ministrados nas Universidades Medievais que privilegiavam a teologia, o direito e a medicina. Essa elite de pensadores desejava um conhecimento voltado para a poesia, a filosofia, a história, a matemática e a retórica, isto é, para aquelas disciplinas onde se valorizavam as atividades próprias do homem e o preparavam para o exercício de sua liberdade. 

Denominados humanistas, eles questionavam a hierarquia do mundo Medieval estabelecida até então, onde a Igreja era um monopólio, Deus o centro do universo, e o homem submisso a isso. Procuravam, reinterpretar os Evangelhos à luz dos valores da Antiguidade Clássica, exaltando o ser humano como dotado de liberdade, de vontade e de capacidade individual. Apesar da produção artística do Renascimento espelhar-se na cultura greco-romana, traduz as mudanças vividas pela sociedade moderna . Sua característica antropocêntrica, trouxe o interesse pela investigação da natureza, o culto à razão e à beleza, características da cultura greco-romana, criando as bases do Renascimento artístico e cientifico dos séculos XV e XVI. 

A educação passou a ter mais valorização. A burguesia, nova classe social que surgira, havia percebido a necessidade de controlar o mercado natural, principal fonte de produção e lucro. Apesar do mundo oferecer muitas riquezas, o conhecimento assumiu caráter racional a partir deste momento, e todas as informações passaram a ter propósitos lucrativos, afinal o capitalismo estava surgindo. Além do racionalismo, o individualismo também foi um dos valores renascentistas e refletiu a emergência da burguesia e de novas relações de trabalho, trazendo a idéia de que cada um é responsável pela condução de sua vida, sem que isto implicasse no isolamento humano, mas na possibilidade que cada um tem de tomar decisões. 

A Arte Renascentista continuou cristã, porém adaptada à nova realidade moderna. Analisando as obras de Miguel Ângelo Buonarotti, percebe-se os valores estéticos culturais definidos com clareza. Baseado no equilíbrio das formas, em uma nova sociedade, utilizando a perspectiva e a proporção geométrica, destacam-se as formas que traduziam os conceitos humanistas numa poderosa expressão, exteriorizando uma renovada conquista moral. Além de fundir os valores tradicionais do classicismo com uma nova interpretação mais livre e ritmada da linguagem, as figuras se movimentam com imponente naturalidade, acentuando o aspecto dramático e cheio de força expressiva, valorizando sobretudo o homem, ou seja, uma nova “monumentalidade” do ser. Em Davi (Anexo 1), a figura humana demonstra não um herói, mas sim um paladino por causa justa. Já Baco (Anexo 2,) escultura solicitada pelo Cardeal Rafaello Riario ao artista, teve origem de uma ilustração com o paradeiro desconhecido. A estátua de um Deus do vinho emana desequilíbrio e deboche, ao contrário da agonia e sofrimento da figura original. Logo, o cardeal renegou a obra. 

As esculturas englobam uma expressão corporal que garante o equilíbrio, revelando uma imagem humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas; e as expressões das figuras, refletem seus sentimentos. Mesmo contrariando a moral cristã da época, a inteligência mergulha livre para fecundar a beleza, o nu volta a ser utilizado refletindo o naturalismo como forma de valorizar o homem como a medida de todas as coisas. 

Entretanto, em Pietá (Anexo 3) , a Virgem do pintor e escultor mostra uma mulher jovem, serena, sem sofrimento, contrapondo as imagens das Santas Medievais com faces tristes. Michelangelo afirma que “ a mãe de Deus não deve chorar como uma mãe terrena ”. Questiona-se portanto a maneira como a Igreja apresenta a morte de Cristo, pois conforme a Bíblia, esse seria o caminho da salvação, não devendo representar sofrimento aos olhos humanos. O homem independe de Deus , apesar de, perceber-se como força inventora capaz de influir nos destinos da humanidade, descobrindo, conquistando e transformando o Universo. 

O povo, em sua essência, precisa se apegar e crer em algo para ter forças a superar o percurso vital da vida. A fé, ultrapassa aos anos e é subseqüente para a conquista de muitos. Até os incrédulos em Deus vivem acompanhados de seus “amuletos”. 
A Igreja sempre procurou dominar a sociedade, a riqueza, e durante muito tempo induziu reinos, vendeu indulgências, destorceu e desfrutou dos fatos bíblicos, a fim de conquistar seu apogeu. Um dos meios era apropriar-se do conhecimento humano como maneira de apoderar-se do pensamento. O inculto, crê facilmente, uma vez que não artifícios para contestar os absurdos sacros. A evolução do saber influenciou os pensadores na busca à verdade. Os Humanistas, defensores da importância do ser como forma de existir, aos poucos, no período Renascentista, foram conquistando seu espaço. No entanto, uma das formas para Igreja não perder seus fiéis, foi contratar e aceitar as novas imagens Santas desenvolvidas por Michelangelo.



Fernanda Lapa 

Monia Wazlawoski